Cobogó
Seu nome deriva das iniciais dos sobrenomes de três engenheiros, que no século XX trabalhavam no Recife e conjuntamente o idealizaram: Amadeu Oliveira Coimbra, Ernest August Boeckmann e Antônio de Góis.
Utilidade
Presta-se principalmente para evitar o superaquecimento do ambiente iluminado, permitindo a passagem da luz e da ventilação.
Material
Inicialmente feito com cimento, o cobogó passou depois a ser construído com outros materiais: argila, vidro, cerâmica etc.
Utilidade
Presta-se principalmente para evitar o superaquecimento do ambiente iluminado, permitindo a passagem da luz e da ventilação.Material
Inicialmente feito com cimento, o cobogó passou depois a ser construído com outros materiais: argila, vidro, cerâmica etc.Fonte: Wikipédia
O elemento vazado é figurinha antiga na arquitetura brasileira. Usado para separar ambientes, sem bloquear a passagem de luz e ventilação, agora ele voltou para deixar tudo mais moderno
Repórter de imagem Viviane Gonçalves Fotos Edu CastelloBranco no branco
A parede que fechava a visão da sala na entrada deste apartamento na Vila Beatriz, em São Paulo, foi substituída pelo painel com círculos de madeira laqueada. “Como o hall do elevador é comum para dois apartamentos, pensei no elemento vazado para dar privacidade quando se abre a porta. Ele bloqueia parcialmente a visão do interior”, explica Francisco Cálio, designer de interiores responsável pelo projeto. A Marcenaria A Caixa montou o painel peça a peça no próprio apartamento – a fixação foi simples, executada com cola de madeira. O tapete é da By Kamy e a manta, da Empório Beraldin. Bandeja, vaso, caixa e minicadeiras LS Selection.
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Rasgos na madeira
No hall de entrada, a parede de nogueira-americana ganha, ao final do percurso, quatro aberturas verticais que dão uma visão parcial da sala neste apartamento, no Itaim Bibi, em São Paulo. “Escolhi o elemento vazado para valorizar a entrada”, diz a arquiteta Fabiana Avanzi. As aberturas chamam a atenção pela espessura, que acompanha o painel de madeira, tal como uma parede. A arquiteta aproveitou a estrutura grossa para a instalação de iluminação: spots de luz, colocados na base dos rasgos, realçam o hall e a sala. “É uma solução válida entre fechar um ambiente e deixá-lo totalmente aberto”, explica a arquiteta. O projeto foi executado pela Marcenaria Angelo Arte.
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Entradas de luz
A parede de cobogós faz uma leve divisão entre a cozinha e o corredor para as suítes neste apê, localizado na Vila Madalena, em São Paulo. A arquiteta Karina Fontana escolheu o elemento vazado para obter o máximo de luminosidade e ventilação entre as áreas, e não isolá-las. Para dar unidade ao volume, ela optou pela cor preta, que é a mesma da bancada da pia. Karina incluiu, cerca de 30 cm atrás do painel, uma sanca com lâmpadas embutidas – são três fluorescentes amarelas. Como elas iluminam indiretamente a parede amarela do fundo, os cobogós deixam vazar toda essa luz refletida na cozinha. As peças de 25 x 25 cm são feitas de cerâmica esmaltada, da Cerâmica Madri. Sobre a mesa, cafeteira Nespresso, mais pratos, da Benedixt, galheteiros e tábua de madeira, da Pepper, e garrafa de água, da LS Selection. As banquetas são da Arrivato.
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Esquina de ripas
A porta de entrada fica visível, assim como quem chega a esta casa, no Morumbi, em São Paulo. Graças à abertura ripada de madeira laqueada branca, a arquiteta Flávia Gerab resolveu o que poderia virar um problema na sala. O canto de leitura, local apreciado pelo morador, perderia uma grande entrada de luz natural, caso fosse inteiramente fechado por parede. A estrutura, com 1,80 m de altura, executada pela Marcenaria Conceito, foi fixada às vigas do teto e apoiada a uma base de tijolo aparente pintado. “Antes da reforma, quando essa parte era toda aberta, a estrutura de alvenaria já estava lá. Decidi mantê-la porque faz comunicação com outros lugares da casa, que também têm tijolinhos pintados de branco”, conta Flávia. Poltrona Voltaire com banqueta, design de Sergio Rodrigues para a Dpot, farmácia antiga da Vicente Antiquário e tapete da By Kamy. Na mesinha lateral, da Artefacto Basic, vasinho da LS Selection.
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Garagem vintage
“Eu sou de Salvador, Bahia, e os cobogós lembram a minha infância. Era algo muito característico nos anos 1950”, diz o morador Maurício Guimarães – referindo-se ao elemento vazado criado na época pelos engenheiros Coimbra, Boeckmann e Góis.
Ele e o arquiteto George Mills optaram pelos cobogós para dividir a garagem e a passagem de pedestres da casa, localizada no Jardim Paulista, em São Paulo. As peças de cerâmica esmaltada, da Elemento V, ficam em uma estrutura de vigas de aço com cobertura de madeira. Como o painel tem aproximadamente 2 x 4 m, a cada quatro fileiras de peças cerâmicas foram colocadas lâminas de ferro para dar resistência ao conjunto. “Esteticamente ficou mais leve do que uma parede totalmente fechada. A luz do sol bate aqui à tarde e deixa um efeito muito agradável na área”, afirma Maurício.
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