Vista de Belo Horizonte/MG - Brasil |
Se ao invés de Belo Horizonte a
capital mineira tivesse sido batizada de “Novo” Horizonte, talvez fosse ainda
mais condizente, sem exagero algum, com a construção da cidade. Suas raízes vêm
de atividades rurais dos tempos do Capitão João Leite da Silva Ortiz, fundador
de Curral del Rei, região que deu origem ao município. Mas sua construção nos
anos 1890, já com o intuito de suceder Ouro Preto como capital do estado, foi muito bem planejada com base no olhar moderno
do engenheiro Aarão Reis. Tanto a distribuição das vias públicas como a dos imóveis foram
projetados, vislumbrando uma nova base urbanística e arquitetônica, à margem da
tradição barroco colonial.
Em resumo, quando foi fundada, no dia
12 de dezembro de 1897, Belo Horizonte já era uma cidade moderna. Mas seu
projeto inicial não previa que seu desenvolvimento e sua população ganhassem
proporções tão extensas. Nos anos 1940, marcados pela expansão industrial, o
número de habitantes praticamente dobrou. Foi naquela década, mais
especificamente em 1943, que o então prefeito Juscelino Kubitschek inaugurou o
Complexo Arquitetônico da Pampulha, até hoje um dos principais marcos da
cidade.
Igreja da Pampulha em Belo Horizonte/MG - Brasil |
Se JK já era um nome bastante
significativo, o que dizer dos demais personagens que de alguma forma se
fizeram presentes naquele período, e que “respiravam” modernidade? Por exemplo:
Oscar Niemeyer, Cândido Portinari, Alfredo Ceschiatti e Roberto Burle Marx.
Também vale citar Sílvio de Vasconcelos, arquiteto responsável por muitas
construções que caracterizaram a arquitetura do município, sobretudo no Bairro
Cidade Jardim.
Na década de 1950, a população de Belo
Horizonte se duplicou novamente, chegando a praticamente 750 mil habitantes.
Quando vieram os anos 1960, o crescimento vertical foi inevitável, pois o
espaço já não suportava tantos moradores. O que era necessidade se tornou
tendência e transformou a cidade, sempre no sentido da modernidade. E com a
versatilidade de associar, em harmonia, o estilo colonial que transmite
sobriedade e elegância à funcionalidade proporcionada pelos avanços
tecnológicos. A metrópole é beneficiada por uma rica bagagem cultural, um dos
pontos altos de Minas Gerais, o que facilita esta integração do clássico com o
moderno.
Praça da Liberdade em Belo Horizonte/MG - Brasil |
Boa parte dessa história e de sua influência sobre o
desenvolvimento urbano e arquitetônico da capital mineira pode ser vista na
exposição “A casa e a cidade: construção do espaço doméstico, social e da
lembrança em Belo Horizonte”, que acontece no Casarão do Museu Histórico Abílio
Barreto. A mostra apresenta a história e os aspectos do cotidiano da cidade
desde seus primórdios, lá nas ruas e casas do Arraial do Curral del Rei, até os
dias atuais. A visitação, que é
gratuita, pode ser feita terças, sextas, sábados e domingos, das 10 às 17
horas; e quartas e quintas, das 10 às 21 horas. Para quem já conhece a
trajetória, vale relembrar; para os demais, é uma boa oportunidade de saber
como se desenvolveu Belo Horizonte. O museu fica na Av. Prudente de Morais,
202, no Bairro Cidade Jardim. Mais informações podem ser obtidas no site
www.pbh.gov.br/cultura.
Texto: Portal
Imobiliário VivaReal
Imagens: NitroImagens, Jomar Bragança, Panoramio.
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