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terça-feira, 4 de junho de 2013

Xilogravura de Gilvan Samico

Gilvan José de Meira Lins Samico é um dos mais conhecidos e importantes gravuristas do Brasil. Nasceu em Recife/PE no dia 15 de junho de 1928 e atualmente reside e trabalha em Olinda, Pernanbuco. Samico é também desenhista e pintor, mas foi através da gravura que seu nome foi escrito na galeria dos grandes artistas brasileiros. Ele tem ainda obras no MoMA de Nova Iorque e participou duas vezes de Bienal de Veneza tendo sido premiado em uma delas. Samico é conhecido por suas meticulosas xilogravuras, inspiradas na temática e estilo da gravura popular do nordeste do Brasil.

Gilvan Samico

Xilogravura - Gilvan Samico

Xilogravura - Gilvan Samico




Xilogravura - Técnica e funcionalidade: Pode-se descrever a xilogravura como uma espécie de carimbo. Em seu processo, uma gravura é entalhada na madeira com auxílio de objeto cortante e, na sequência, utiliza-se um rolo de borracha embebida em tinta, que penetra somente nas partes onde está a gravura (entalhe). Então, a parte em que fica a gravura é colocada em contato com a superfície a ser ilustrada. Após alguns minutos, retira-se a madeira, que deixa a imagem impregnada no local. Esta técnica é também chamada de impressão em alto relevo e pode ser feita à base de linóleo (linóleo gravura) ou qualquer superfície plana.







Xilogravura - Gilvan Samico







Definição: “gravura obtida pelo processo da xilografia”. Xilografia quer dizer “arte de gravar em madeira. Técnica de impressão em que o desenho é entalhado com goiva, formão, faca ou buril em uma chapa de madeira”. Dicionário Larousse, Ática











História da Xilogravura: As prováveis origens da xilogravura remetem à cultura oriental. Segundo historiadores, a xilogravura foi criada pelos chineses e já era praticada por este povo desde o século VI. Durante a Idade Média, a xilogravura firma-se no ocidente, ganhando inovações durante o século XVIII. Com sua difusão por diversos países, acabou chegando às nações européias, onde influenciaram as artes do século XIX e ajudaram Thomas Bewick a criar a técnica da gravura de topo, diminuindo os custos de produção industrial de livros ilustrados e iniciando a produção em larga escala de imagens pictóricas. Porém, com o avanço tecnológico do século XX, a técnica da xilogravura começa a cair em desuso. Com a invenção de processos de impressão a partir da fotografia, a técnica oriental foi considerada obsoleta, passando a ser utilizada somente por artistas e artesões.


Xilogravura - Gilvan Samico

Xilogravura - Gilvan Samico

Xilogravura - Gilvan Samico

Xilogravura no Brasil: O contato entre diversas culturas, como a brasileira e a portuguesa, ocasionou o surgimento da xilogravura popular brasileira. Os portugueses já utilizavam a técnica que, quando trazida para o Brasil, desenvolveu-se na Literatura de Cordel. Com isso, diversas obras foram produzidas com a utilização da xilogravura, formando diversos xilógrafos, principalmente na Região Nordeste do país. Gilvan Samico, Abraão Batista, Amaro Francisco, José Costa Leite, José Lourenço e J. Borges estão entre os principais xilógrafos brasileiros.

Fontes:





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