terça-feira, 11 de outubro de 2011

Bar Fundos da Floresta

Bar em Santa Tereza é repleto de magia

Fundos da Floresta

Pessoal confiram a reportagem do Bar Fundos da Floresta.
Seção : Gastronomia - 15/01/2010 07:00
Decoração tem duendes e fadas e cardápio com nomes misteriosos

Eduardo Tristão Girão - EM Cultura
 Pedro Motta/Esp.EM/D.A Press
Doce veneno: costelinha com laranja, molho agridoce e mandioca na manteiga garrafa
Na entrada do Fundos da Floresta, bar recém-inaugurado em Santa Tereza e batizado com um dos nomes pelo qual o bairro era conhecido antigamente, o duende gigante faz o símbolo de paz e amor com uma das mãos, enquanto segura com a outra a viga próxima ao teto. Recebidas as boas vindas do “anfitrião”, é hora de descer por uma escada até o ambiente principal, no qual a falta de janelas é compensada por enorme grafite do artista Hyper, que recriou uma floresta encantada (e fosforescente) com árvores vivas, fadas e, claro, duendes. Sobre a fachada, bola luminosa acompanha as fases da Lua.

Se ainda resta alguma dúvida sobre o espírito da nova casa, ouça a trilha sonora que embala a freguesia: Bob Marley, Secos & Molhados, Raul Seixas, Janis Joplin, Belchior e Supertramp, entre outros. Há também apreço especial por artistas um pouco mais recentes, como Nando Reis, Zeca Baleiro, Paulinho Moska e, como gosta de dizer o proprietário Humberto de Souza, Vanessa “do Mato”. Nada como puxar a sardinha para a própria brasa...

Nascido em Caratinga e formado em biologia, desde adolescente ele quis ter o próprio bar. Chegou a ser tenente do Exército, mas desistiu da carreira militar. Chegou a Belo Horizonte em 1998. “Morava no Centro e, quando me levaram ao Bolão, em Santa Tereza, adorei o bairro. Identifiquei-me na hora”, lembra. Sete anos depois, mudou-se para a casa onde hoje funciona o bar. “A inspiração veio dos cogumelos que cresciam em círculos no quintal e da música O vira, cantada pelo Ney Matogrosso”, conta.

A sociedade com o cabeleireiro e costureiro Márcio Odier foi essencial para o desenvolvimento da ideia que teve. Afinal, sem a habilidade artística dele não existiriam o duende anfitrião, a detalhada vila de gnomos que decora a entrada e uma série de objetos e detalhes (fadas e gnomos distinguem os banheiros) que dão atmosfera tão característica à casa, de estilo rústico. “O pessoal que vem aqui faz comparações com Ouro Preto, Lavras Novas, Ibitipoca, São Tomé das letras”, diz Humberto.

Toda sexta-feira de lua cheia uma bruxa é providenciada pelos proprietários para visitar o bar e purificar o ambiente queimando mirra. Ela chega sempre por volta das 21h30. Humberto gostaria que isso ocorresse à meia-noite, mas como tem como vizinhos um hospital e residências, prefere não arrumar encrenca, já que a visitante é saudada com aumento de volume do som. “Sempre gostei de fadas e bruxas. Como sou biólogo, já fui muito ao mato e sempre tive impressão de ter visto gnomos e fadas”, revela.

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 Pedro Motta/Esp.EM/D.A Press
Feitiço da lua: lagarto recheado com linguiça e ameixa com batatas empanadas
FEITIÇO E VENENOLucimar Manuela e Souza e a mãe, Maria José, preparam na cozinha os petiscos criados por Márcio, batizados com nomes que seguem temática mística. Quem pedir o feitiço da lua (R$ 32), por exemplo, receberá uma porção de lagarto recheado com linguiça e ameixa acompanhada por batatas empanadas. Já o doce veneno (R$ 32) consiste em costelinha de porco assada com laranja e cozida em molho agridoce, servida com mandioca na manteiga de garrafa.

Também integram o cardápio os pergaminhos do mago (bife rolê ao próprio molho; R$ 24), as batatas encantadas (empanadas em farinha que leva torresmo; R$ 18) e o mexido da bruxa (R$ 18, individual), além de pedidas tradicionais, como linguiça com mandioca (R$ 24) e pastel de angu (R$ 13). Cervejas de garrafa custam entre R$ 4 e R$ 5 e drinques, entre R$ 5 e R$ 7 – a dose de cachaça fica entre R$ 3 e R$ 4,50. A única sobremesa disponível é o bombom, de marca não identificada, vendido a R$ 1.

FUNDOS DA FLORESTA
Rua Paraisópolis, 855-A, Santa Tereza, (31) 3461-8113. Aberto quarta e quinta, das 19h às 23h30; sexta e sábado, das 19h à 1h30.

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