segunda-feira, 6 de maio de 2013

O inovador estilo mineiro nos imóveis de Belo Horizonte

Vista de Belo Horizonte/MG - Brasil

Se ao invés de Belo Horizonte a capital mineira tivesse sido batizada de “Novo” Horizonte, talvez fosse ainda mais condizente, sem exagero algum, com a construção da cidade. Suas raízes vêm de atividades rurais dos tempos do Capitão João Leite da Silva Ortiz, fundador de Curral del Rei, região que deu origem ao município. Mas sua construção nos anos 1890, já com o intuito de suceder Ouro Preto como capital do estado, foi muito bem planejada com base no olhar moderno do engenheiro Aarão Reis. Tanto a distribuição das vias públicas como a dos imóveis foram projetados, vislumbrando uma nova base urbanística e arquitetônica, à margem da tradição barroco colonial.

Em resumo, quando foi fundada, no dia 12 de dezembro de 1897, Belo Horizonte já era uma cidade moderna. Mas seu projeto inicial não previa que seu desenvolvimento e sua população ganhassem proporções tão extensas. Nos anos 1940, marcados pela expansão industrial, o número de habitantes praticamente dobrou. Foi naquela década, mais especificamente em 1943, que o então prefeito Juscelino Kubitschek inaugurou o Complexo Arquitetônico da Pampulha, até hoje um dos principais marcos da cidade.

Igreja da Pampulha em Belo Horizonte/MG - Brasil

Se JK já era um nome bastante significativo, o que dizer dos demais personagens que de alguma forma se fizeram presentes naquele período, e que “respiravam” modernidade? Por exemplo: Oscar Niemeyer, Cândido Portinari, Alfredo Ceschiatti e Roberto Burle Marx. Também vale citar Sílvio de Vasconcelos, arquiteto responsável por muitas construções que caracterizaram a arquitetura do município, sobretudo no Bairro Cidade Jardim.

Na década de 1950, a população de Belo Horizonte se duplicou novamente, chegando a praticamente 750 mil habitantes. Quando vieram os anos 1960, o crescimento vertical foi inevitável, pois o espaço já não suportava tantos moradores. O que era necessidade se tornou tendência e transformou a cidade, sempre no sentido da modernidade. E com a versatilidade de associar, em harmonia, o estilo colonial que transmite sobriedade e elegância à funcionalidade proporcionada pelos avanços tecnológicos. A metrópole é beneficiada por uma rica bagagem cultural, um dos pontos altos de Minas Gerais, o que facilita esta integração do clássico com o moderno.

Praça da Liberdade em Belo Horizonte/MG - Brasil

Boa parte dessa história e de sua influência sobre o desenvolvimento urbano e arquitetônico da capital mineira pode ser vista na exposição “A casa e a cidade: construção do espaço doméstico, social e da lembrança em Belo Horizonte”, que acontece no Casarão do Museu Histórico Abílio Barreto. A mostra apresenta a história e os aspectos do cotidiano da cidade desde seus primórdios, lá nas ruas e casas do Arraial do Curral del Rei, até os dias atuais.  A visitação, que é gratuita, pode ser feita terças, sextas, sábados e domingos, das 10 às 17 horas; e quartas e quintas, das 10 às 21 horas. Para quem já conhece a trajetória, vale relembrar; para os demais, é uma boa oportunidade de saber como se desenvolveu Belo Horizonte. O museu fica na Av. Prudente de Morais, 202, no Bairro Cidade Jardim. Mais informações podem ser obtidas no site www.pbh.gov.br/cultura.

Texto: Portal Imobiliário VivaReal

Imagens: NitroImagens, Jomar Bragança,  Panoramio.


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